Luigi Galvani

Em seus estudos, dissecando rãs em uma mesa, enquanto conduzia experimentos com eletricidade estática, um dos assistentes de Galvani tocou em um nervo ciático de uma rã com um escalpelo metálico, o que produziu uma reação muscular na região tocada sempre que eram produzidas faíscas em uma máquina eletrostática próxima. Tal observação fez com que Galvani investigasse a relação entre a eletricidade e a animação - ou vida. Por isso é atribuida a Galvani a descoberta da bioeletricidade.

Galvani criou então o termo "eletricidade animal" para descrever aquilo que era capaz de ativar os músculos daquele espécime. Juntamente com seus contemporâneos, ele reparou que aquela ativação muscular era gerada por um fluido elétrico que era conduzido aos músculos através dos nervos. Esse fenômeno foi então apelidado de galvanismo, por sugestão dada por seu colega e, em alguns momentos adversário intelectual, Alessandro Volta.

Os resultados das pesquisas e investigações de Galvani chegaram a ser mencionados por Mary Shelley, como parte de uma lista de recomendações de leitura direta, para um concurso de histórias de terror, em um dia chuvoso na Suíça - o que resultou no romance Frankenstein - e sua reconstrução e reanimação através da eletricidade.

As investigações e descobertas de Galvani levaram à invenção da primeira bateria elétrica, mas não por Galvani, que não percebia a eletricidade separada da biologia. Galvani não via a eletricidade como essência da vida, a qual ele percebia ter uma natureza intrínseca e inerente à vitalidade. Ele acreditava que a eletricidade animal vinha do músculo. Desse modo, foi Alessandro Volta quem construiu a primeira bateria elétrica, que ficou conhecida como a pilha voltaica.

Como Galvani acreditava, toda a vida é de fato elétrica - pelo fato de todas as coisas vivas serem compostas de células e cada célula ter um potencial celular - a eletricidade biológica tem as mesmas bases químicas para o fluxo de corrente elétrica entre células eletro-químicas, desse modo podendo ser resumida de algum modo fora do corpo. A intuição de Volta estava correta também.

O nome de Galvani também sobrevive nas células galvânicas, no galvanômetro e no processo chamado de galvanização.

A cratera Galvani, na superfície da Lua, também foi nomeada em sua homenagem.